sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Os painéis não incomodam", "Se existe algo feio são os postes de energia. Mas qual é a alternativa? Ficar sem luz?"



                 
Nos últimos meses, os moradores de Nova Jersey começaram a notar um novo tipo de intervenção urbana nas ruas do estado: painéis solares instalados nos postes de eletricidade. Os painéis não são muito grandes. Cada um tem cerca de 1,5 metro de largura por 80 centímetros de comprimento. Mas eles são muitos. A empresa responsável pelo projeto, a Public Service Electric and Gas Company, atua em quase todo o estado e tem planos de colocar os coletores em   180 000 dos 800 000 postes em sua área de concessão. Nova Jersey tem o segundo maior parque solar dos Estados Unidos, atrás apenas da Califórnia, estado que lidera o desenvolvimento e a adoção de tecnologias verdes. 

Mas muitos moradores do estado, que também tem a maior con centração de lixões dos Estados Unidos, não gostaram nada da ideia. - (um verdadeiro absurdo na minha opinião)
Para eles, a natureza fica em segundo plano — o problema é de poluição visual. Alguns reclamam da feiura dos painéis. Outros dizem que a novidade pode desvalorizar suas casas. Thomas Riche, viceprefeito da pequena cidade de Ridgewood, no oeste do estado, conseguiu paralisar a instalação alegando que os painéis poderiam interferir em sistemas de comunicação nos postes. "Não somos contra a instalação dos postes, mas há maneiras mais eficientes de gerar essa energia", diz Riche. Al Matos, vicepresidente de renováveis e soluções energéticas da PSE&G, afirma que esse argumento é inválido. "Nós já temos os postes. Essa é a maneira mais rápida de implementar um projeto desse tamanho. E todos os postes já estão ligados à nossa rede." 

Além dos 180 000 painéis em postes, a empresa terá 13 instalações de maior porte em terrenos condenados, como antigos lixões. Somente parte dos postes da empresa tem as condições necessárias para coletar a luz do sol, como exposição ao sudoeste e uma área livre de árvores ou de prédios que possam causar sombra. 

O valor total do investimento é de 515 milhões de dólares, e o objetivo é ter todos os coletores no lugar até o ano que vem. Apesar do volume de dinheiro, o resultado previsto é modesto. Na entrada da sala de Matos, uma TV de tela plana exibe em tempo real a coleta de algumas das instalações de grande porte, mostrando o benefício da tecnologia em comparação com carros, por exemplo. Num dia nublado em maio, em tese o melhor mês para aproveitar a luz solar, os painéis trabalhavam a menos de 20% da capacidade. 

Com o sistema solar em pleno funcionamento, o total de energia gerada será de 60 MW, uma pequena parte dos 10 000 MW consumidos na área de concessão da companhia. Em termos práticos, isso significa abastecer de 13 000 a 14 000 casas durante um ano. A PSE&G tem 2,1 milhões de clientes, entre empresas e residências. 



 Se há quem seja contra a instalação dos painéis, também há apoio à iniciativa. O brasileiro Mateus Polato, que vive em Princeton, diz não ver problema algum na novidade da paisagem suburbana. "Os painéis não incomodam", afirma Polato. "Se existe algo feio são os postes de energia. Mas qual é a alternativa? Ficar sem luz?"




fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/moradores-nova-jersey-apoiam-energia-solar-sem-prejudicar-vista-exame-630213.shtml

Um comentário:

  1. VALEU CONTINUE A FORNECERR ESSAS INFORMAÇÕES, AFINAL A ENERGIA É TUDO NA VIDA HUMANA.

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